
Dona Conceição, mulher magra alta, apesar da idade, era uma mulher linda, parecia aquelas atrizes do cinema mudo. Quando a mãe precisava, ela ficava com a gente, (gente aqui é = eu e minhas duas irmãs). A casa dela era gostosa, com um pequeno quintal onde tinha de tudo; pé de café, horta, balanço pra gente brincar. Tinha também o Seu João, espanhol. Nos ensinou que sopa a gente toma acompanhado de um pãozinho. Era bom ficar naquela casa com aquele casal tão amado, e ser sempre tão bem cuidado.
Dona Ana (falávamos DONANA), mulher grande de traços fortes, pele clarinha sempre rosada, solteira sem filhos, tinha um irmão caçula, Rafael a quem ela amava e cuidava como fosse seu filho. Donana transferia para nós toda sua capacidade de amar. Foi ela quem nos levou, (eu e minhas irmãs), ao circo pela primeira, e muitas outras vezes, cirquinhos mambembe, era o máximo! Adorávamos suas histórias de assombração, morríamos de medo, mas era uma delicia!
Vó Joana, mulher miúda, bem negra, usava roupas brancas impecavelmente limpas, fosse verão ou inverno, não dispensava as meias brancas. Até hoje penso: será que ela parecia mais negra por só usar roupas brancas. Ou as roupas pareciam mais brancas por ela ser negra. Ela era linda! Apesar do avançado da idade, tinha a pele lisa não se via uma ruga. Os cabelos, não sei que cor eram, um lenço os cobria sem mostrar um fiozinho que fosse. Quando ela veio pra nossa casa, já éramos grandinhas, e ela bem velhinha, não aguentava muito o tranco do serviço doméstico. Mas como boa mineira cozinhava que era uma coisa. Minha mãe ficava doida, a vó Joana nos mimava demais. Era bom demais.
Vó Joana, mulher miúda, bem negra, usava roupas brancas impecavelmente limpas, fosse verão ou inverno, não dispensava as meias brancas. Até hoje penso: será que ela parecia mais negra por só usar roupas brancas. Ou as roupas pareciam mais brancas por ela ser negra. Ela era linda! Apesar do avançado da idade, tinha a pele lisa não se via uma ruga. Os cabelos, não sei que cor eram, um lenço os cobria sem mostrar um fiozinho que fosse. Quando ela veio pra nossa casa, já éramos grandinhas, e ela bem velhinha, não aguentava muito o tranco do serviço doméstico. Mas como boa mineira cozinhava que era uma coisa. Minha mãe ficava doida, a vó Joana nos mimava demais. Era bom demais.
Tia Inha, uns tempos nossa Tia, irmã da minha mãe, ficava em casa e “cuidava” da gente, Ela 10 anos mais velha que eu, quando ”cuidava” de nós era uma mocinha de 16 ou 17 anos. Era o paraíso; buscava a gente no colégio e comprava um montão de sorvetes, fazia brigadeiro e a gente se acabava. Pudim de leite moça, hummmmmm. Sem contar que era (e ainda é) o carinho em forma de pessoa.
Dona Maria Gomes, nos ajudava quando já éramos “mocinhas”, nessa época eu trabalhava e estudava, e a Dona Maria muito nos ajudava, principalmente na faxina pesada. Era jovem, mãe de quatro filhos, um sorriso tão bonito, era impossível não admirar, aquela jovem mãe, vivendo com tanta dificuldade, tão trabalhadeira, tão alegre. Depois que eu e o Cley nos casamos, ela ia no nosso AP, a dava a maior força na faxina e ainda fazia um frango no forno com maionese e parmesão ralado, que muitas vezes tentei fazer. Nunca ficou igual.
Muitas mulheres passaram pela minha vida; na casa dos meus pais e depois na minha casa. Tantas especiais, ainda hoje me emociono ao lembrar, ficaram por um tempo, participaram das nossas vidas e depois foram embora....
Um recado para Sueli (shueli), hoje não falei de voce, quando tiver passado pela minha vida, conto uma historinha..
(A Shueli cuida da minha casa, queria todos os dias, só da pra $ pagar uma vez por semana,)