21 de fev. de 2012

O PRIMEIRO CARNAVAL DA TATHI.

Muita gente não gosta de carnaval, eu gosto.
Hoje pela folga no trabalho, antigamente pelo carnaval mesmo.
Todo ano tentava (sem conseguir), convencer o Cley me levar ao baile de carnaval.
Acabava por me conformar com bailes de formatura, que terminavam sempre com um grito de carnaval, eu adorava, dançava até me acabar. Na TV via os desfiles do Rio a noite toda, levava um colchão para sala e não despregava os olhos da TV, sempre torcendo muito pela Estação Primeira da Mangueira, e me encantando com os carnavais do Joãzinho Trinta (um gênio da Grande Opera Popular).

A Tathi tinha pouco mais de um ano de idade, naquele carnaval estava febril, até com uma dorzinha de ouvido, cismou, queria ir no carnaval.
O desfile de Carnaval de Suzano era na Glicério, morávamos no Jd. Imperador.
Tanto ela pediu (eu botando pilha), o Cley concordou.
Ela queria uma fantasia, eu mais do que ela.
Como fazer uma fantasia em tão pouco tempo?
Naquele tempo não tínhamos a facilidade de encontrar fantasias nas lojas.

Ela tinha um macacãozinho vermelho de tecido florido.
Sempre que ela o usava eu achava que parecia um palhacinho.
Peguei uns retalhinhos de tecido, fiz uma gravatinha borboleta, um chapeuzinho.
Pintei o narizinho de vermelho, pronto! Uma fantasia de palhacinho. 
Fomos ao desfile, caminhando e revezando com a Tathinha no colo.

A fantasia ficou bonitinha.
Tathi com seu par de olhinhos verdes, boquinha miúda pintada.
A pontinha do nariz uma bolinha feita com baton vermelho.
Uma linda palhacinha!
Nós vimos os blocos passando, um carnaval pobre sem lindas alegorias.

Ficou marcado na minha memoria a Tathi pulando no colo do pai,
os bracinhos levantados balançando ao som do batuque.
Voltamos pra casa cansados mas felizes e a Tathi sem febre.
Muitos outros carnavais vieram.
Os bailes de carnaval de nossas vidas foram nas matinês do Mirambava.
Eu Cley e Tathi (e suas amigas inseparáveis Mariana e Marcela).
bons tempos...

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