1 de jun. de 2011

VIDA DE PEDESTRE. PARTE I

                           





                        Todos reclamam do trânsito, mal que atinge também as pequenas cidades.
Moro numa cidade pequena, aproximados 200 mil habitantes.  Estacionar no nosso pequeno centro comercial, é tarefa árdua, não sou motorista. Mas cheguei a conclusão que ser pedestre é muito mais estressante...
                        Meu AP fica na principal rua comercial da cidade (é bem verdade que temos duas “RUAS COMERCIAIS”, uma que sobe outra que desce). Cidade pequena, mais comercio movimentado. Andar pela calçada próximo aos 5º dia útil de cada mês é uma verdadeira odisséia. Acho que a cidade inteira sai de casa para pagar carnês, contas de água e luz, talvez comprar um sapato novo, etc. (adoro falar etc.), por aí vai, um vai e vem de gente, e tome empurrão, tome encontrão.
Uma merda (com o perdão da má palavra, como diria meu pai).

  • Aquela velhinha que insiste em ficar na sua frente, andando a passinhos de tartaruga, por vezes apoiada numa bengala, outras, dependurada no braço de alguém, quase sempre não muito mais jovem.

  • O casal de mãos dadas, empurrando carrinho de bebe, puxando outra criança pela mão, sacolas enormes, “como esse povo compra edredom”, isso pode se chamar de cerca viva.

  • As colegiais que param para ver a vitrines, um cordão humano bloqueando mais uma vez a nossa passagem. Com seus “gritinhos histéricos”, se deliciando com os sapatinhos e jaquetinhas das vitrines.

  • O homem, levando a nova TV 42” todo feliz, (fico sempre feliz quando vejo que alguém comprou uma TV grande”, mas ele precisava estar na minha frente?

  • A turma do ponto do ônibus: com mochila nas costas, parecendo um bando de “joaninhas”, tornando nossa passagem impossível, melhor descer para o meio fio, e retomar a calçada após passar, pelas joaninhas. (com toda atenção para não ser atropelada por um ônibus).

  • O pedinte, pernas esticadas pela calçada, querendo ajuda, exibindo um duvidoso ferimento. Ou o jovem cadeirante  com sua caixinha, aguardando a nossa solidariedade em forma de moedinhas, observado de perto por aquela pessoa que o leva diariamente, e o deixa ali em dias de grande calor ou dias de muito  frio e de garoa... esperando por moedinhas...

Enfim, ser pedestre é muito estressante.
Muito mais coisas poderia falar e reclamar sobre o assunto.
Mas já fiquei muito estressada...