18 de ago. de 2011

BANQUINHO e MOCHINHO












 Curto muito decoração, mais odeio de casas iguais as das  revistas; (confesso  tiro  idéias da revista casa e jardim). Meu negócio é inventar  coisas, aproveitar peças velhas (antiguidade não, pois custam muito caro).  Comprei dois banquinhos, um pedaço de “chitão”, um retalho de manta acrílica; com ajuda meu parceiro  grampeador, (corta aqui, dobra ali, muito grampo, e algumas bolhas mão). Prontinho! Dois banquinhos bem “simpáticos”.   
            Isso me fez lembrar uma historia de banquinhos, “mochinho” como dizem os gaúchos, era um velho  mochinho largado no quintal, bem  acabadinho o coitado. No carão pedi o desprezado banquinho, pra minha mana  Cleise; a idéia era eu fazer uma mesinha.  
            Não posso ver uma peça de madeira largada num canto, já começo imaginar o que posso fazer para aproveitar.  Ganhei o mochinho feio. Não importava o quão acabado ele estava,  era só eu lixar bem, ia ficar muito legal.
Meu querido sobrinho Felipe, naquela época tinha mais ou menos sete anos, e seu amigo inseparável  Rodrigo, logo se prontificaram a lixar o banquinho para a “Tia Nice”, e os dois meninos trabalharam duro, lixando cada cantinho, e pouco tempo depois me entregaram o banquinho, (orgulhosos pelo trabalho feito). Ficou perfeito! Clarinho, sem uma pintinha que fosse do verniz antigo.  Apliquei extrato de nogueira, um tabuleiro de xadrez virou o tampo para a mesinha. Eu adorei o resultado final. 
Quando me mudei para um AP menor, me desfiz de muitas coisas, mas a minha mesinha / mochinho. Está lá, num cantinho especial. Assim como estão no meu coração, num lugar muito especial, o meu querido Felipe e seu fiel escudeiro Rodrigo.  Não preciso olhar aquele banquinho para me lembrar deles. Mas olhando aquele mochinho que virou mesinha, fico muito emocionada com a lembrança daqueles dias, quando os meninos me entregaram o trabalho feito, ainda posso ver seus olhos brilhantes, cara de gente orgulhosa pelo bom trabalho realizado.   Penso com certa tristeza e muitas saudades dos meus sobrinhos- crianças.  Quando os nossos pequenos crescem, e vão para longe, sentimos saudades de vê-los crianças 
Saudades por não conviver com os homens que eles são hoje, tendo suas vidas tão longe de nós.
Muitas saudades dos nossos meninos,
Muito orgulho homens que se tornaram.

Meu amor  aos meus sobrinhos, (eric, margos, kel, Jô, valtinho, livia e biel).
Hoje especialmente meu amor e admiração ao Lipe.
Pela sua coragem e superação.  Saudade diária e meu amor eterno.