28 de mar. de 2013

Cleycir.




Merda!
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.
O peito apertado de tantas saudades,
Quisera ter o dom das palavras.
Escrever claramente o que me vai na alma.
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Esquecer que dia é hoje.
Apagar ....
Não lembrar a figura de meu amado.
Tão frágil e de olhar senil, o corpo magro,
o rosto cansado de lutar...
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Sofrimento!
Estar a teu lado,
Saber tamanha dor te doía.
Calar no peito apertado e dolorido
a certeza da sua eminente partida.
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Agonia!
A respiração antes ofegante,
aos poucos enfraquecendo,
até o não mais respirar.
Seus olhos fechados,
negando - me um ultimo olhar..
escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Desespero!
Minha boca na tua,
Tentativas  em lhe soprar a vida.
Minha alma pedindo pra você voltar
Não deu certo, você não voltou...
escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Adeus!
Trancar – me noutro cômodo,
pra não ver você sair carregado.
Era seu corpo sem vida...
Mas ainda era você.
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Transe!
Recebendo os amigos,
Ultimo adeus.
Escrevo e deleto, escrevo e deleto.

Sorte!
Não ter esquecido,
dor e o sofrimento.
Esqueceria eu tanto amor.
Apagaria da minha memória
Tudo de bom e divertido...
Quero cada dia poder lembrar,
do amor que tive.

Saudades meu amado Cleycir, 
amor pra toda vida, 
e depois também.







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