20 de dez. de 2011

NATAL DE PORTAS ABERTAS


  Morávamos no pequeno e antigo predio de dois andares,
  na Rua XV de novembro.
  Ali eu e Cley e Tathi,  vivemos por trinta e tantos anos

  Andreas, Roseli e Melanie, 
  ainda moram do mesmo endereço (hoje + a Alexia).
  Roberto, Cléo e filhos (perdemos contato).
  Naquele ano dois apartamentos vagos no prédio.
  (moravam apenas 3 famílias)


Cley e eu, como sempre recebemos toda a família,
para ceia de Natal, café de manha de Natal,
almoço de Natal e lanche da tarde de Natal.
Agora, eu sem o Cley, mantenho a tradição com alegria.
Para receber família e amigos, e celebrar.

Andreas e Rô haviam se mudado para um apartamento maior no segundo andar.
Receberam também toda sua (numeroooooosa) família para o Natal.
Não tínhamos mais crianças, nossos sobrinhos e filhos, eram jovens e adultos.

Nossos “vizinhos”, assim nos chamamos até hoje, tentaram "brecar", as crianças.
Não deu certo, foi um sobe e desce escadas, apertar campainha, abrir e fechar porta.
Cansados do abre e fecha, resolvemos deixar a porta aberta.
Assim fizeram também nossos amigos dos dois aptos. do segundo andar.

As crianças adoraram poder entrar e sair. Encantados com meus enfeites de Natal (muitos), papai Noel, botinhas, guirlanda, bolas de vidro (com neve) etc. e tal  e um pouco mais. Nós, felizes com o corre- corre das crianças.
A muito tempo, não tínhamos crianças na casa.
Natal sem criança, é como “macarrão sem queijo e amor sem beijo”. (essa foi forte)

Não lembro os presentes dados ou recebidos.     
Recordo a alegria, de gente partilhando um dia muito especial, crianças indo e vindo,
beliscando doces e frutas, arrastando alguem para ver a arvore de Natal, encantados com tantos enfeites, na casa da tia Nice. (alguem disse, parece até uma loja).
Cada criança que descia, era ciceroneada por outra, num passeio exploratório pela casa.
Em pouco tempo o movimento nas escadas,  não era só de crianças.
Nós os adultos, perdemos a timidez e nos misturamos, partilhamos as mesas fartas.
Numa alegria quase infantil, muitos abraços apertados e votos de Feliz Natal.
Aquele foi um Natal de portas e corações abertos.
Hoje uma lembrança deliciosamente feliz.

Hoje temos crianças em casa, nossos sobrinhos, Lorena, Breno e Rafaela.
Não há tristeza nem dor que supere, a alegria de ter crianças na nossa casa.

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