9 de jan. de 2012

EM NOME DO PAI.


Hoje, missa um ano sem nosso querido Ciro.
Talvez a liturgia ou aquela frase máxima do cristianismo:
Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, lá eu estarei.
Algo especial acontece, citando um ilustre baiano:
"alguma coisa acontece no meu coração".
Gosto da missa católica, tem muito em comum com os cultos luteranos.
Embora as missas estejam bem diferentes das de antigamente.
Sinto saudades daquela liturgia mais tradicional.
Meio que parecendo da época medieval.
Não me gusta de hinos modernos cantados em ritmo de baião ou ié ié ié.
Envolve-me muito mais o som do órgão com suas noooootas alongaaaadas.
Talvez por achar que igreja é solo sagrado, deva se tocar e cantar como anjos.
Mas um grupo luterano numa missa católica, meio que chama atenção.
Começa pela entrada, acho que sou a única luterana que faz o sinal da cruz.
Se meu pastor mandar, eu faço penitencia:
rezo oitocentos e cinqüenta Pais Nossos.
Mais continuarei fazendo o Sinal da Cruz (Lutero o fez milhões de vezes)

Todo mundo se ajoelha para rezar.
Eu em pé, mãos entrelaçadas, baixo a cabeça e faço minha oração.
Muitos dos Hinos tem a mesma melodia, mas a letra muitas diferenças.
Tento acompanhar... não dá mesmo!
A confissão de fé, muito parecida, (com grandes diferenças).
Começo com Creio em Deus Pai... Vou indo, indo, indo. Até que misturo tudo.
Na hora do Pai Nosso é a mesma coisa.
Quanto peço perdão pelas minhas dívidas,
alguém ao meu lado olha, (sempre fecho os olhos nas minhas orações)
Vejo através dos meus olhos fechados, alguém me escutou...
(não consigo dizer: Perdoa as minhas ofensas).
E por aí vai, na liturgia o Padre diz uma frase, os fieis respondem...
Fico tentando entender, lembro outras respostas, e as digo em pensamento.
Na Ave Maria, não tem erro, amo esta oração, não erro uma palavra.
Não rezamos Ave Maria, em cultos Luteranos.
Mas eu a digo todos os dias, depois do Pai Nosso, antes do sinal da Cruz.
Meus pastores (tenho dois na família)e uma catequista.
Podem me penitenciar.

Na certeza que o Pai Nosso, ali estava, não importando as nossas diferenças.
Provavelmente tenha se divertido com as minhas confusões.
Eu, certa de que não sou melhor ou pior, no contexto, apenas diferente.

Saí dali sabendo de onde vem minha força, depois de perdas, doloridas.
Continuo vivendo e agradecendo a cada dia, sem fazer dramas.

Saudades? muito por demais da conta (falando mineires, uai).

Meus Amados:
Cleycir luteramo
Ciro Catolico
saudades eternas

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