8 de abr. de 2011

CRIANÇAS DO REALENGO

                              Estou mais triste, perplexa, extremamente assustada.  Não sei que palavras usar. Não me ocorre ao menos uma palavra que possa traduzir meus sentimentos. O que acontece? O que leva um rapaz agir de tal forma? Aconteceu lá, poderia ser aqui...  Na escola de nossos filhos, no prédio onde moramos, na rua por onde passamos, num barzinho, num cine, no elevador, num hospital, no metrô, em qualquer lugar. Aquele rapaz poderia ser o nosso vizinho (moço calado), o comerciante que e me cumprimenta todas as manhas, em voz bem alta, ”bom dia!”, o nosso namorado que é um amor de pessoa, nosso colega de trabalho, o gerente do nosso banco, o nosso irmão, o nosso tio, o nosso pai, o homem que vende cachorro-quente na esquina, o entregador de cartas. Penso pode ser qualquer pessoa. Sou triste e solidária as famílias enlutadas. Triste por essas crianças que jamais concluirão seus estudos, Jamais farão festas de aniversário e formatura, jamais serão adultos, jamais encontrarão um grande amor. Eu me pergunto: Poderia eu, identificar, entre as pessoas que conheço alguém que pudesse agir de tal forma? Poderia de alguma maneira impedi-lo de chegar ao ápice da loucura! Ou um dia sem que se espere ou acredite, esse alguém possa vir a ser o insano personagem de mais um “DIA DE FÚRIA”

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