11 de abr. de 2011

TEMPOS DE ESCOLA


 

No trabalho todos os meus colegas são jovens, muuuuiiiiiito mais jovens que eu. Aos vinte e poucos anos, fala-se muito em escola, faculdade, trabalhos, provas e assim por diante. Motivo pra eu sentir saudades do tempo de escola. Fui uma aluna danada, com muita facilidade para aprender, mas com o dobro de falta de vontade e o triplo de preguiça.
Os professores atribuíam notas aos cadernos,  era importante,  um caderno bem feito ajudava e muito aumentar a média da nota. (bimestral, semestral). Quem me conhece bem sabe o horror que é minha caligrafia, (se me empenho, a letra até que não é das piores), mas como nunca me empenho muito em “caprichar na letra”, o resultado quase sempre são sinais, na maioria das vezes nem eu entendo. Voltando ao caderno, por motivos óbvios, minha irmã mais nova, me alcançou, e passamos a freqüentar a mesma classe no ginásio, série equivalente a 6ª ou 7ª série. Eu tinha que entregar meu caderno, o prazo esgotado, não conseguiria passar a limpo um caderno para conseguir a nota. Minha mana já tinha entregado o caderno, tive a brilhante idéia: peguei o caderno dela, retirei o espiral, fiz outra capa, substitui a folha na qual professor tinha dado a nota (bom! 8,5), convenci minha Irma, a refazer aquela folha. Pronto!   Foi só juntar a nova pagina (sem a avaliação do prof.), colocar a capa maravilhosa, que eu fiz, cuidadosamente passar o espiral novamente. Meu caderno estava prontinho! Carão de aluna aplicada, caderno entregue ao professor, ele olhou folha por folha e finalmente a avaliação: ótimo 9,5! Até hoje tenho a nítida impressão que ele percebeu a fraude, e pontuou o caderno, se divertido com a minha cara de pau. Lembro que minha irmã ficou P. da vida, “meu caderno” teve nota mais alta que o “dela”.

Meu Amor pra minha mana Léa, a quem eu sempre enrolava, uma menina tímida e frágil.
Hoje é uma mulher forte, generosa, e justa. (apenas um pouquinho medrosa)


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